Da minha janela,
vejo o cais de tantas chegadas e partidas,
vejo o navio e a lua,
talvez uma lua de poesia,
talvez!
Ao fim do dia,
na magia do pôr do sol,
lá no horizonte longínquo ,
uma nuvem passageira
tingia-se de vermelho
Como é belo o pôr do sol,
Como é bela a nuvem passageira,
Que corre ao sabor do vento,
O dia aproxima-se do seu fim,
O sol esconde-se no infinito,
e chega a noite,
com lua… talvez uma lua de poesia,
talvez sim, talvez não,
mas de certeza,
um luar de enamorados,
ou quem sabe, se apenas um luar,
para recordar com saudade,
aquela bela nuvem passageira,
que um dia encantou!
O desenho
redondo do teu seio
Tornava-te mais cálida, mais nua
Quando eu pensava nele...Imaginei-o,
À beira-mar, de noite, havendo lua...
Talvez a espuma, vindo, conseguisse
Ornar-te o busto de uma renda leve
E a lua, ao ver-te nua, descobrisse,
Em ti, a branca irmã que nunca teve...
Pelo que no teu colo há de suspenso,
Te supunham as ondas uma delas...
Todo o teu corpo, iluminado, tenso,
Era um convite lúcido às estrelas....
Foto de "O Solitário"
“
Despir depressa a túnica da Lua
E descobrir o amor no forro de uma casa
onde apenas vibrava a memória da chuva“ É bom ouvir de noite uma trompa de caça
David Mourão Ferreira
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. da minha janela, ao fim d...