
Numa manhã de sol e fria de um sábado do mês de Novembro de um ano por inventar, um homem e uma mulher encontram-se no local combinado, sorriem, cumprimentam-se e caminham pelas ruas do bairro ainda quase desertas, aqui e ali um morador sai de casa, os automóveis são poucos a circular, pouco depois chegam ao "seu" café e entram, sentam-se numa mesa próximo da entrada, ao lado, um homem lê o Correio da Manhã, na mesa seguinte, duas mulheres de idade tomam o pequeno-almoço, os clientes ainda são poucos, é apenas mais uma manhã de Outono repleta de sol!
O empregado aproxima-se e com um sonoro “bom dia” (que destoa de alguns tímidos e quase imperceptíveis “bons-dias” de outros empregados de mesa) questiona o que pretende tomar, o homem e a mulher pedem o que pretendem, o empregado afasta-se, dali a pouco, regressa com os pedidos e claro, lá estava a especialidade da casa!... entretanto já se conversava à mesa e conversavam entre outras tantas coisas, conversavam em tomar “decisões”, nem mais, nas precauções e na ponderação que certas decisões exigem de cada um, que há decisões que não se podem ou não se devem tomar de ânimo leve, mas sim, que devem ser ponderadas, que deve-se primeiro acautelar e preparar o momento seguinte à tomada da decisão e “puxando” pela sua vivência e experiências ainda recentes de tomadas de decisão do foro pessoal, concluíram que … “nada de precipitações, deve-se ponderar sempre muito bem, e criar condições para o dia seguinte a certas decisões”.
O burburinho das conversas aumentou nos últimos minutos, já há mais clientes no café, é um café de bairro, os clientes conhecem-se, cumprimentam-se e trocam dois dedos de conversava, dentro daquele burburinho o homem e a mulher continuam conversando…
(Este texto é uma peça de um conto, que contém ficção e inspirado na “Invenção do amor” de Daniel Filipe.
Qualquer semelhança com a realidade, é mera coincidência. É apenas um conto, em que a eventual publicação de futuras peças falarão sempre do homem e da mulher...)