Se uma migalha é o que sobra, o que resta a cada momento, então para os pombos restaram “migalhas de pão”, umas maiores, outras mais pequenas, mas todas significam o mesmo, significam o fim!
Os pombos, avidamente, disputam entre si, a posse de cada uma, e talvez os mais perspicazes, ou mais rápidos, ou ainda, com melhor sorte, consigam uma migalha maior.
Na vida, no amor, na amizade, em tudo o que fazemos, sentimos tantas migalhas, e sentimos, o que vai sobrando dos momentos de cada um, e em certos momentos, somos uma migalha longe e distante, porque somos afastados por uma “sacudidela”, pela indiferença, pelo esquecimento, quando sentimos que de algo, que foi lindo, que foi belo, restaram umas migalhas… que ficaram por ali, para ir espalhando, quando nos der jeito, quando pensarmos que – hoje é dia de sacudir umas migalhas - do tempo que me restou.
Agora, já não há migalhas do tempo que resta, há apenas, memórias guardadas no baú de recordações, que guardo algures, que guardo no pátio da “Fortaleza do Silêncio”, neste imenso pátio que é a vida…
Mas é um baú aberto, é um baú que guarda gestos, toques, sorrisos, afectos e memórias sem migalhas, memórias de um tempo que passou, mas que foi vivido cada minuto,a cada instante, com intensidade, com amor e com paixão.
Ah, e os pombos, esses, continuam na disputa pela sua migalha…
Solitário
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