Segunda-feira, 30 de Março de 2015

Porquê?

duvidas5.jpg

 Por vezes deparamo-nos com determinados tipos de atitudes que nos deixam a pensar o “porquê” de terem acontecido, nalguns casos, atitudes irrefletidas, noutros, atitudes pensadas e programadas ao mínimo detalhe, é impressionante a mente humana, é arrepiante pensar que alguém toma decisões drásticas para si próprio e para outros, é talvez, a mente humana, um dos maiores enigmas, mas porquê?

 

Em 29 de Novembro de 2013 um experimentado piloto moçambicano, arrasta consigo para a morte 33 pessoas, fazendo despenhar o avião que comandava nas matas da Namíbia, acidente que vitimou um bom amigo, natural de Moçambique, que nos anos 80 e principio de 90, foi um excelente companheiro de trabalho e de viagem por uma terra maravilhosa, e que um mês antes do acidente, esteve em Lisboa, onde confraternizámos e falámos nos seus planos para o futuro, na altura, um futuro que esperava próximo, depois, naquela fatídica viagem de trabalho a Angola, tudo se desmoronou, tudo acabou!

 

Recentemente, o avião da Germanings, em que um jovem piloto, arrasta consigo para a morte 149 pessoas, provocando o embate do avião na montanha, o que poderemos fazer, senão perguntar “porquê?”…

 

Na nossa vida, deparamo-nos com tantas interrogações, umas sabemos porque acontecem, outras, ficamo-nos pelo ponto de interrogação, procurando aqui e ali, encontrar a razão de ter acontecido, investigamos nos manuais, lemos o que grandes especialistas nos legaram sobre o comportamento humano, entramos ou procuramos entrar, nos recônditos da psicologia, procuramos em Freud, e entre tanto que nos deixou, encontramos “A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos”…


publicado por O Solitário às 21:10
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Quinta-feira, 26 de Março de 2015

Porquê?

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publicado por O Solitário às 21:47
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Sábado, 21 de Março de 2015

Tu És em Mim Profunda Primavera

primavera.jpg

O sabor da tua boca e a cor da tua pele,  
pele, boca, fruta minha destes dias velozes,  
diz-me, sempre estiveram contigo 
por anos e viagens e por luas e sóis 
e terra e pranto e chuva e alegria,  
ou só agora, só agora 
brotam das tuas raízes 
como a água que à terra seca traz 
germinações de mim desconhecidas 
ou aos lábios do cântaro esquecido 
na água chega o sabor da terra?  

Não sei, não mo digas, tu não sabes.  
Ninguém sabe estas coisas.  
Mas, aproximando os meus sentidos todos 
da luz da tua pele, desapareces,  
fundes-te como o ácido 
aroma dum fruto 
e o calor dum caminho,  
o cheiro do milho debulhado,  
a madressilva da tarde pura,  
os nomes da terra poeirenta,  
o infinito perfume da pátria:  

magnólia e matagal, sangue e farinha,  
galope de cavalos,  
a lua poeirenta das aldeias,  
o pão recém-nascido:  

ai, tudo o que há na tua pele volta à minha boca,  
volta ao meu coração, volta ao meu corpo,  
e volto a ser contigo a terra que tu és: 
tu és em mim profunda primavera: 
volto a saber em ti como germino. 

Pablo Neruda, in "Os Versos do Capitão" 


publicado por O Solitário às 10:03
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Sábado, 7 de Março de 2015

Alameda da memória

IMG_7755.jpg

 Caminho lentamente

calcorreio os caminhos da memória,

sonho, suspiro a saudade sempre presente,

na alameda ladeada de árvores, um banco de jardim,

sentado no banco, olho mais além,

enxergo para além da dor,

o sol primaveril esvai-se entre a copa do arvoredo,

não quero, mas em mim,

ecoam os silêncios de um tempo distante,

de um tempo que o tempo não vai fazer mais voltar,

penso em ti, no teu sorriso, da doçura do teu olhar,

quero olvidar tudo isso,

quero que o tempo passe sem passar,

que o que um dia aconteceu não tivesse acontecido,

afinal, não aconteceu aquele dia,

acontece todos os dias!

 

Interrogo-me o porquê de não omitir

o que aconteceu,

Porquê não sei, talvez nunca virei a saber

a razão deste sentir,

É estranho que a distância, aproxime a memória,

Que na ausência, a presença seja uma constante,

que o silêncio se faça ecoar vezes sem conta

no rememorar de um sentimento

que tem tanto de estranho como de belo.

 

É estranho este sentimento que prevalece no tempo

que sabemos que nada, mesmo nada jamais se repetirá,

é estranho!

 


publicado por O Solitário às 21:31
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