O Solitário

Repletas de sol, as janelas da Ribeira "olham" o rio Douro e Vila Nova de Gaia... 

o sol, a cor e a alegria de outras Primaveras, as mesmas árvores...

 despidas de folhas....

O rendilhado entre o azul e as nuvens passageiras...

Eu sei que ainda não é tempo,

sabemos que dificilmente “um dia será tempo”,

de sabermos quanto amor existiu entre nós,

sim, de quanta dor se faz a ausência de um sorriso.

Sim, eu sei que ainda não é tempo, e

não sei quando “esse tempo será”…

Mas sei, que nos ruidosos silêncios das madrugadas,

quando  a brisa toca leve na janela,

e no murmúrio constante do mar,

revejo-te, caminhando altiva e serena,

sorrindo, acariciada pelo vento brando na face,

numa caminhada de amor e felicidade.

De longe, observo a tua caminhada,

Ao longe, sorrio ver-te assim,

Sorrindo, sim, porque sei que sorris,

E sei a beleza do teu sorriso,

E aqui, ao longe e longe de ti,

suplico que seja sempre assim,

Que sejas sempre Feliz!

No recanto da Fortaleza do Silêncio, revejo o teu sentir…

Na residência da fortaleza,

o sonho que um dia,

 os sonhos se pudessem transformar em realidade!

Solidário com quem não gosta de chuva!...

Ainda não é tempo de .....Primavera!

O que poderá valer dizer a alguém - “espera por mim…”

quando à partida, não é possível quantificar,

quanto tempo “espera por mim…”

O que poderá valer “espera por mim”,

sem tempo definido,

quando em outro alguém,

existe sofreguidão na incessante busca do amor e da felicidade…

Palavras “não ditas” são palavras do pensamento,

proferidas no silêncio de um olhar, sim,

os silêncios por mais misteriosos que possam parecer, ou mesmo ser,

carregam em si, algo de sensatez, de ponderação,

e quantos silêncios não nos dizem mais e muito mais,

do que mil palavras!

JS

As mais belas frases de amor são ditas no silêncio de um olhar.

Paulo Coelho

Contemplando a força da natureza...

Esperando a primavera...

Sombras no mar agitado...

Anoitecer à beira mar...

Nevoeiro de uma madrugada fria...

Na imensidão do mar, banhado pelo pôr de sol, repouso o olhar...

 Os ramos secos e despidos de folhas

tocando o cinzento de um dia de inverno,

tocando o imaginário até onde a nossa vista alcança,

sim, havia silêncio, o silêncio da natureza!  

Ha palavras que recortam a memória, assim como os galhos despidos de folhas recortam o azul…