Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.
Pablo Neruda
JS
“ As palavras não mudam a realidade. Mas ajudam-nos a pensar, a conversar, a tomar consciência. E a consciência, essa sim, pode mudar a realidade.”
Com estas palavras, o Professor António Sampaio da Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, iniciou o seu discurso nas comemorações do 10 de Junho, como se pode ouvir e ver aqui http://youtu.be/n92VSfRnnoU o que foi um magnífico discurso.
Com a devida vénia e referência ao seu autor, cito a suas palavras…
“As palavras não mudam a realidade...”, é um facto, as palavras não mudam nada, a realidade é o dia a dia, é aquilo que se vive e como se vive, as palavras ajudam a pensar e a conversar, mas para tal, é preciso não ter receio das palavras, é necessário encarar a realidade, é preciso conversar, utilizando as palavras como meio de desabafo e de compreensão, e não, como por vezes acontece, em que essas mesmas palavras, não aproximam, mas sim, afastam, silenciam sentires, ofuscam memórias, essas são aquelas palavras que acabam por “mudar” a realidade, porque simplesmente, afastam consciências!
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