Numa manhã de sol e fria de um sábado do mês de Novembro de um ano por inventar, um homem e uma mulher encontram-se no local combinado, sorriem, cumprimentam-se e caminham pelas ruas do bairro ainda quase desertas, aqui e ali um morador sai de casa, os automóveis são poucos a circular, pouco depois chegam ao "seu" café e entram, sentam-se numa mesa próximo da entrada, ao lado, um homem lê o Correio da Manhã, na mesa seguinte, duas mulheres de idade tomam o pequeno-almoço, os clientes ainda são poucos, é apenas mais uma manhã de Outono repleta de sol!
O empregado aproxima-se e com um sonoro “bom dia” (que destoa de alguns tímidos e quase imperceptíveis “bons-dias” de outros empregados de mesa) questiona o que pretende tomar, o homem e a mulher pedem o que pretendem, o empregado afasta-se, dali a pouco, regressa com os pedidos e claro, lá estava a especialidade da casa!... entretanto já se conversava à mesa e conversavam entre outras tantas coisas, conversavam em tomar “decisões”, nem mais, nas precauções e na ponderação que certas decisões exigem de cada um, que há decisões que não se podem ou não se devem tomar de ânimo leve, mas sim, que devem ser ponderadas, que deve-se primeiro acautelar e preparar o momento seguinte à tomada da decisão e “puxando” pela sua vivência e experiências ainda recentes de tomadas de decisão do foro pessoal, concluíram que … “nada de precipitações, deve-se ponderar sempre muito bem, e criar condições para o dia seguinte a certas decisões”.
O burburinho das conversas aumentou nos últimos minutos, já há mais clientes no café, é um café de bairro, os clientes conhecem-se, cumprimentam-se e trocam dois dedos de conversava, dentro daquele burburinho o homem e a mulher continuam conversando…
(Este texto é uma peça de um conto, que contém ficção e inspirado na “Invenção do amor” de Daniel Filipe.
Qualquer semelhança com a realidade, é mera coincidência. É apenas um conto, em que a eventual publicação de futuras peças falarão sempre do homem e da mulher...)
Mais um dia 06 de Junho e como não podia deixar de ser, o dia do teu aniversário, é um dia que recordo no silêncio da saudade, de uma saudade que perpetuará na memória para todo o sempre.
PARABÉNS…. Onde quer que estejas, estás sempre Presente! Hoje, recordo o último aniversário que comemoramos juntos, recordas?... Almoçamos em Alfama, subimos ao Miradouro de Santa Luzia e ali ficamos por algum tempo a ver o Tejo, combina-mos um outro almoço, ali por aqueles lados, para quando eu regressasse de Moçambique, e regressei sozinho aonde tínhamos estado aquela última vez… continuo a lá ir com alguma frequência, ainda mais nesta altura do ano, pois as sardinhas continuam excelentes!
Dentro em breve, faz 23 anos que ”partiste”, muito tempo?...não!...não é muito tempo, foi “ontem”, e o tempo que passa, não passa na memória, a memória tem um “tempo” diferente de todo o outro tempo, o tempo de recordar, de sorrir ao “rever” o teu lindo sorriso, sim, porque a tua memória está viva, está presente em cada dia que passa, mas o dia de hoje, (6/6) está ainda mais presente!
Todas as memórias numa só memória, todas as recordações numa só recordação, toda a saudade numa eterna saudade, todos os sorrisos num só sorriso, no teu sorriso!
Sabes, por vezes não há palavras que exprimam o que nos vai na alma, não encontro as letras que correspondam ao que sinto, não encontro forma ou sentido de te dizer quanto penso em ti… e quanta saudade ficou, é saudade que dói, e dói mesmo quando sabemos que nada mais nos resta do que a memória, mas deixa-me ficar com essa memória, que é património nosso, só nosso!
Como em todos os dias 06 / 06 é dia de festa, e aonde quer que estejas, certamente que manterás aquele sorriso belo, puro e intenso! Não há sorrisos iguais, há apenas, Sorrisos, lindos!
Aqui, na Fortaleza do Silêncio ficam os Parabéns e as flores, numa saudade eterna, neste nosso amor, nesta nossa amizade, que é para todo o sempre!